segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Somos e sempre seremos quatro

Felipe Pena, Severino, Roberta, Noronha e Miranda

Éramos seis é o nome de um livro que não li, mas que ao que tudo indica provoca uma choradeira danada. O exemplar que tinha aqui em casa e que provavelmente veio da casa dos meus pais era de papel jornal, com a capa mole, e com uma figura mal impressa de uma família. Se olhar para trás ele deve estar bem ali na estante, mas eu nunca li e não vou ler.

Aqui está, não resisti, me virei,  e o livro não saiu do lugar estes anos todos. Capa amarela, com laranja, mistura que eu adorava mas que agora acho cafona. No alto da página vem o nome da autora em letras caixa alta, centralizado sobre o título em caixa alta e baixa: Éramos seis. Abaixo do texto vem o desenho de uma família de seis pessoas. Pai, mãe, três filhos e uma bebê. Não vou ler já disse, mas todas as vezes que eu olho para aquela capa fico imaginando o que aconteceu àquela família e assim ao longo destes anos eu já escrevi e mirabolei mil e uma histórias. Em nenhuma delas o éramos seis me sugeriu soma, sempre tristeza e tragédia.

Éramos quatro, foi uma das crônicas que eu escrevi para a “Oficina do
Pena”. O Pena era o professor e foi uma espécie de padrinho de um grupo de amigos que se reuniu para discutir literatura,comer batata frita e tomar um chopinho que ninguém é de ferro!
Na verdade acho que a crônica se chamava lá em casa éramos quatro,ihhhh estou ficando caduca! o nome da crônica afinal era: Somos feitos do mesmo que os nossos sonhos ( “we are such stuff as dreams are made on”) W. Shakespeare.

Agora me lembro, minto reli: o texto começava com a frase: Lá em casa éramos quatro e nele eu revelava o porque da escolha do pseudônimo para assinar as crônicas da Oficina do Pena.
A “Oficina do Pena” deu origem a um grupo chamado “Depois da Oficina”. Nos reuníamos toda semana para discutirmos literatura, comer e beber.

No começo éramos sete, mas dois membros do grupo eram bissextos, nem sempre podiam ir. Depois tivemos uma baixa, um dos membros quis sair e se foi. Os bissextos também não puderam mais comparecer e então éramos quatro até outro dia.
Três moças e um rapaz. Nos tornamos muito amigos e toda a semana, tínhamos a alegria de nos encontrarmos.

Antes  o texto  nos uniu, nos inspirou e nos fez suspirar para que chegasse logo o dia de lermos para os colegas o que produzíamos com carinho ao longo da semana. Agora a dificuldade de conseguirmos escrever, ou por falta de inspiração, transpiração ou tempo ou seja lá o que for nos afastou. Será?

Acredito que não, que ainda há salvação e que podemos deixar de ser um quarteto de três e voltar a ser um quarteto de quatro.

E que se agora não conseguimos escrever como outrora, podemos nos perdoar e seguir em frente e contar o que aconteceu no cabeleireiro por exemplo, colocando uma letrinha atrás da outra, sem maiores pretensões apenas para não perder a amizade e o vínculo que nos une.

E, se a Moniquinha quis sair, problema dela, tenho certeza que o Tio Vavá continua por aí cantando e encantando as moçoilas.

Hoje o “Depois da Oficina” se reuniu e não tomou vinho, tomamos um café mirabolante e combinamos a próxima reunião para 10 de Janeiro. Vou sentir saudades.
Quem não tiver o que escrever conte como foram as festas de fim de ano. Simples Assim!
FELIZ NATAL. Beijos da Miranda de sempre.
Peço mil desculpas pelo texto mal escrito, mas o motivo deu ter parado de escrever é preguiça mesmo!!!

2 comentários:

  1. Miranda
    Bonita biografia do quarteto e belas palavras de nostalgia e alento. Que o seu trabalho nos sirva de inspiração e nos ajude a encontrar o caminho. Felicitações pela foto gambarina.
    Severino

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  2. Paçoca, Severino e Bontempo
    Estou buscando inspiração para uma resposta à altura. Na minha vida de migrante caí nos braços da viola, minha mais nova paixão. Mas nem para a viola tenho tido inspiração, afogada em trabalhos domésticos. Além dos meus três empregos Rio, Niterói e Nova Iguaçu).
    Tudo isso para dizer que, se não respondi logo ao e.mal, não foi por descaso, mas porque não tenho conseguido parar de correr de um lado para o outro.
    Mas me aguadem...
    beijos
    Noronha

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