sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

Escolhas

“Estendo minhas antenas e como um inseto subindo pelo áspero casco de uma árvore faço minha escolha e sigo o meu caminho”
                                                                                       Lygia Fagundes Telles


A vida é feita de escolhas. Isto já foi cantado, à exaustão, em prosa e verso. Fazer escolhas. Optar, selecionar, escolher, decidir. Hesitação, dúvida, insegurança, indecisão, medo, arrependimento.

Já observei insetos e outros bichos fazendo suas escolhas: formigas, abelhas, aranhas, lagartixas, gambás. Reparei como eles também hesitam.

Eu nunca tive escolhas. Apenas o Destino me disse, com voz rouca:
“Revertere locum tuum”
Assim foi. E meu caminho se iluminou.
E assim é. Não preciso fazer escolhas. Meu caminho é iluminado.
Para onde acende a luz eu vou. Porque meu caminho é iluminado.

O problema é quando acaba a bateria.

2 comentários:

  1. Depois que eu souber o que é "revertere...." Comentarei, ou não!

    ResponderExcluir
  2. Querida Paçoca
    Mudei o título do "É?" e alterei a última frase. Por dois motivos:Primeiro porque achei injusto vilipendiar um pobre barbeiro; foi um arroubo, isto não é do meu carater.
    Segundo porque achei que a frase final, ainda que canhestramente,responde à tua pergunta: o que podemos fazer?.A esta altura, reunião de dois já é uma multidão.

    Ia me esquecendo: "revertere locumm tuum" é uma frase que os romanos escreviam na porta dos cemitérios para que os vivos não a esquecessem. Quer dizer: "Voltarás ao teu lugar".

    Seu obstinado Severino

    ResponderExcluir