Nos meses de outubro e novembro de 2009 um grupo de malucos se encontrou em uma oficina de crônicas na Estação das Letras, sob a batuta do mestre Felipe Pena. O prazer de estarmos juntos foi tão grande que, ao fim do curso, entre chopes e batatas fritas, resolvemos prosseguir, mesmo sem saber onde isso vai dar. De lá para cá nos encontrando semanalmente para ler textos, nossos ou não, discutir literatura e falar da vida... E claro, beber alguma coisa, que ninguém é de ferro.
segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010
Nada de novo, ou há?
Ando sem inspiração. Completamente. Sento em frente ao micro e nada. Começo um texto e não saio do lugar. Devo ter uns três ou quatro começados, mas acabam ficando por isso mesmo. Já culpei o campo minado, maldito jogo inútil que vem pendurado nos pacotes da Microsoft. Depois achei que o problema está nas coisas que ando estudando, não inspiram nada além de números, fórmulas, definições, e por aí vai. Nada muito criativo. Atualmente culpo ter me tornado avó de três lind@s gatinh@s.
Para quem não sabe sou louca por bichos. Sempre os tive em casa, na casa dos meus pais, melhor dizendo. Quando me casei o ex nem quis pensar na idéia de bichos. Na época concordei, jovem casal sem filhos que éramos. Mas aí nasceram as crianças, crianças combinam com bichos, e confesso que aos poucos foi batendo uma enorme saudade de conviver com não humanos. Até que não resisti e trouxe a Mel para casa.
Mel é uma gata persa, linda de morrer, comprada quando tinha seis meses. Paixão à primeira vista, super arredia, altiva, do tipo que não dá bola para ninguém. Mas doce como mel, quando se consegue chegar perto. Não preciso dizer a alegria das crianças, nem que foi comprada às escondidas do ex. Um dia inteiro de excitação e inúmeros telefonemas para o meu celular, até que meu carro finalmente entrou na garagem trazendo a caixinha preciosa.
Carnaval de 2009. Já separada, voltava para casa com uma amiga quando nos vimos seguidas por um projeto de gato. Não tinha muito mais do que um mês, saltitava sobre o muro da igreja no caminho, chamando atenção, como faz até hoje. Na hora pensei: tô fodida. Se sóbria não resistiria, depois de umas quatro caipirinhas seria missão impossível. Assim nasceu o Rum, vira-lata legítimo, puro sangue que, nesse exato momento, dorme em cima da mesa da sala, tentado apoiar a cabeça nas mãos que escrevem o texto. Rum porque é macho, senão seria Pinga, o que, cá entre nós, faria muito mais sentido. Meu gachorrinho, gato com alma de cachorro, minha sombra listrada.
Rum fez um ano agora. Como não sei a data do seu nascimento decidi que nasceu no carnaval. O que não seria de todo impossível, uma vez que tem o espírito de Momo: alegre, adora uma bagunça, sem preconceitos, dá bola para todos e todas. Tem novidade por perto, lá está ele. Nem sei se Momo é assim, mas é o que imagino. Depois de um tempo brincando de "mâe" e "filho", Mel e Rum tornaram-se amantes. E o resultado foi que na quarta-feira de cinzas nasceram seus filhotes, ao que tudo indica dois meninos e uma menina: Whisky, Vodka e Pinga. Naturalmente seus pais e mães adotivos poderão escolher outros nomes, quer dizer, para os dois meninos, porque a Pinga já é nossa.
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Moniquinha,
ResponderExcluirSe no início do texto você estava reclamando da falta de inspiração, acho que no final já pode desreclamar, né ?
"Minha sombra listrada" foi tudo de bom, como já cansei de alardear, também tenho uma cachorrinha que é minha sombra, mas só agora percebo que é "minha sobra malhada ".
Domingo de madrugada, os meninos chegando de viagem, depois de 6 semanas fora, chegamos do aeroporto com malas, mochilas e muita agitação.
Todos esperando a festa que a cachorra faria pelo retorno, à casa, dos seus jovens habitantes. No entanto, "minha sombra malhada", sonolenta por ter acordado no meio da noite, só conseguia pular e festejar a minha volta... do aeroporto. Risadas e espanto geral. Que longa viagem eu fiz, que justificasse essa louca saudade dela por mim ???
Então, volto para a sua crônica e digo que quando menos esperou mais brilhou ! Esse seu texto foi um de seus melhores, acho que pequenas expectativas, produzem grandes viagens !
beijos,
Moniquinha,
ResponderExcluirtambém ando sem inspiração, será que isso pega? De qualquer forma você conseguiu superar as suas dificuldades e postar esta bela crônica. Hoje a tarde vou tentar terminar algum dos já começados.bjs paçoca
Puxa, valeu meninas. Agora mesmo eu estava lambendo a minha cria. Como são fofos! E se temperamento de mãe é importante para definir o temperamento dos filhos, serão calmíssimos, a Mel é uma super mãe. Vou postar fotos deles. A que eu tenho d@s gatinh@s foi tirada no dia seguinte que eles nasceram, ou seja, já estão mais gatos e menos ratos.
ResponderExcluirE Claudia, é incrível como eles se apegam à gente, só quem tem bicho sabe. O Rum fica louco quando eu entro no quarto em que estão Mel-e-filhos, quer dizer, no meu quarto. Como me aconselharam a não deixá-lo junto com os filhotes já nascidos e ele tentou fazer mais filhotes na Mel na primeira vez que a viu pós-parto, ele tem ficado no resto da casa. Para ela dar uma voltina é operação de guerra, ele trancado no banheiro miando, puto da vida. Mas querem saber? Estou curtindo pra caramba, nada disso é reclamação!
beijo
Monica