sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

ABSIT INJURIA VERBIS

Depois de muito pensar, cheguei à conclusão de que para ser um bom escritor é preciso ser curioso. Porque a curiosidade é a mola que tem propulsionado as grandes invenções e as grandes descobertas. Foi assim com Newton e a sua maçã, com Galileu e seu pêndulo e com Severino Mandacaru e seu gambá. Por que na literatura haveria de ser diferente? Sentado num banco do metrô o cronista observa os passageiros, estuda as expressões, analisa os gestos, ouve as conversas e sai dali com as emoções de que precisa para montar uma história do quotidiano. Conversando com o garçom, o romancista curioso saberá extrair dele informações de sua vida pessoal, de sua rotina de trabalho, de seus anseios, e sairá dali com um personagem montado.
Assim me parece. A curiosidade mantém o homem vivo, expande-lhe os horizontes, estimula sua criatividade.
Se tudo isto for verdade, chego à seguinte conclusão: ou todos os meus colegas sabem o que quer dizer “absit injuria verbis” , ou não são curiosos. Porque até agora ninguém perguntou que porra faz aquele “absit injuria verbis”
que aparece nos “comentários pré fabricados” da minha crônica De Aplausos e de Vaias.
Se não for verdade só me resta dizer: Absit injuria verbis, meus colegas!
Luigi

3 comentários:

  1. Prezado colega Luigi,
    muitas vezes a dúvida não surge devido ao tamanho da ignorância de quem não a tem. Confesso que ignoro totalmente o que significa o que você falou. Ia dizer que não perguntei o que era, porque sendo a última frase do seu texto (nem me recordo se ela já estava lá) não sei se ela seria necessária para a compreensão do que viria antes. Como vc pode ver sou ignorante mesmo. Vai que a última frase muda totalmente o sentido do que vem antes!
    Na verdade acho que na maioria das vezes acabo comentando sem mesmo reler o texto. O que me serve de alerta para ser mais cuidadosa nos comentários. Miranda

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  2. Luigi,

    La locuzione latina absit iniuria verbis (lett. "sia lontana l'ingiuria dalle parole") è una versione alterata di una frase di Tito Livio, che risulta originariamente absit invidia verbo, cioè "sia lontana l'ostilità dalla (mia) parola" (Ab Urbe condita, IX, 19, 15).

    Il senso, in realtà, non muta di molto. In entrambi i casi, si sottolinea che il pensiero di chi parla esprime (o vorrebbe esprimere) un concetto obiettivo, non fraintendibile o interpretabile da chi ascolta, e soprattutto non offensivo nei suoi confronti.

    Ovvero, un'espressione attenuativa con la quale, normalmente, si accompagnano dichiarazioni che potrebbero apparire offensive, ma dette con franchezza e per amore di verità, o per riferire un giudizio dato da altri.

    La frase è traducibile anche come Non vi sia offesa nelle parole.

    Em português do cais do porto significa "não ví ofensa na palavra".

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  3. Caro João Carlos
    Quero felicitá-lo efusivamente pela brilhante interpretação da locução latina, ainda mais num italiano perfeito! Tive vontade de traduzi-lo para os colegas mas ando escasso de tempo. Deixei para faze-lo na reunião, se considerarem necessário. Mas, o que eu acho importante, nesta crônica, mais do que o significado da locução, é a discussão do "ou - ou". E aí, sim, "que não haja ofensa em minhas palávras"

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